Ascom SEDF
A mostra quer ampliar, por meio da visibilidade espacial, as informações e a discussão sobre a territorialidade dos quilombos no Brasil. Escolas já podem agendar visitas monitoradas
Mostrar com o auxílio de mapas temáticos, documentação fotográfica e textos oriundos de pesquisas as interpretações geográficas e historiográficas das estruturas existentes na formação do Brasil e da sua população, tomando como referência os aspectos da herança africana no território brasileiro, este é o objetivo da exposição O Brasil Africano: Diáspora-Quilombos-Território-População, com pesquisa e organização do professor da Universidade de Brasília Rafael Sanzio.
A abertura da exposição será nesta quarta-feira (12/5), às 19 h, na Galeria Térrea do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República e fica aberta a visitação até 13 de junho. Visitas monitoradas para estudantes serão realizadas a partir desta quinta-feira (13/5) e já podem ser agendadas pelos números (61) 3325-6410 / 3325-5220.
Inaugurada em outubro de 2009 no Museu da História Natural em Luanda, Angola, a exposição é composta de fotografias em preto e branco em grandes formatos, mapas cartográficos e do vídeodocumentário O Brasil Africano I. Traz ainda documentação cartográfica antiga e fotografias do século XIX, que contribuem de maneira significativa, para o entendimento da dinâmica da diáspora África-Brasil e os territórios de resistência constituídos pelos Quilombos. A pesquisa foi realizada em várias comunidades e espaços africanos no Brasil, em arquivos públicos de instituições em países na Europa e África.
A mostra constitui uma das atividades fundamentais do Projeto Geografia Afro-Brasileira: Educação & Planejamento do Território, desenvolvido no Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da UnB. Tem como principal objetivo mostrar as interpretações geográficas e historiográficas das estruturas existentes na formação do Brasil e da sua população, tomando como referência os aspectos da herança africana no território brasileiro.
Pesquisas revelaram a existência de mais de 3 mil registros de Comunidades Quilombolas, distribuídas por todas as grandes regiões geográficas do país. A concentração se processa, principalmente na Região Nordeste, nos estados do Maranhão e Bahia; na Região Norte, no estado do Pará; no Sudeste, nos estados de Minas Gerais e São Paulo e no Sul do Brasil, no Rio Grande do Sul.
Para o professor Rafael Sanzio, o objetivo da exposição é contribuir para a ampliação das informações, sobretudo para minorar o preconceito secular associado aos Quilombos e às Populações de Matriz Africana no Brasil. “Importante não perder de vista que o Brasil Contemporâneo é o que é, porque teve e tem no seu território, na sua sociedade e nas suas manifestações culturais e cotidianas, a referência da África, mantida e resistida pelas populações da diáspora“, disse.
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Inauguração: 12/5/10, às 19h
Visitação: 13/5 a 13/6/10
Dias de visitação: Terça a domingo
Horário de visitação: das 9h às 18h30
Local: Salão Térreo do Museu Nacional da República
Endereço: STRVS – Brasília – DF
Agendamento de visitas monitoradas: (61) 3325-6410 / 3325-5220.
Informações: (61) 3307-2393.
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